Anoitan

“Se sempre há um amanhã, sempre há um anoitã.”

A Poesia, o Futebol e a Política

Posted by Sem em julho 14, 2014

Estava on line hoje pela manhã, estampado na página de abertura do Jornal do Brasil, esse consolador texto de Drummond, escrito em 1982, quando da prematura eliminação da seleção brasileira nas oitavas de final da Copa daquele ano. Fala das derrotas esportivas e do que elas significam, para além das aparências do mundo redondo.

 

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(clique na imagem para destacar)

 

Texto tão consolador, como só a um poeta da grandeza de Drummond para nos fazer sorrir, assim, caindo na real. Ver o mundo como ele é e ver beleza disso.

Um texto que poderia ter sido escrito hoje, tão atual continua sendo hoje quanto o foi na época. Com uma diferença, parece que hoje Drummond não fala mais conosco, brasileiros inconsolados (ou nem tanto, nem todos) por suas derrotas esportivas, parece que hoje Drummond fala mais com os argentinos, verdadeiramente inconsolados de tristeza pela derrota de ontem frente a forte e simpática seleção alemã – inesperada, porém nada vergonhosa derrota, tanto quanto em 1982 foi a nossa. Os argentinos de hoje, como os brasileiros de ontem, nada têm que se envergonhar de seu futebol mesmo, só lastimar a grande falta de sorte, que faz o futebol ser apaixonante e imprevisível do jeitinho que é, à semelhança da vida.

Drummond não fala mais conosco porque não somos mais aquele país e nem aquele povo. Não somos e nem poderíamos ser, já que o tempo nos fez mudar, como não poderia deixar de ser.

Deveríamos então poder dizer que hoje somos melhores. Somos? Estamos? Evoluímos?

No futebol devemos admitir que não estamos melhores, no máximo podemos dizer que somos diferentes, porque o futebol mudou e nós tivemos que mudar com ele.

Na política estamos melhores? Ou “melhor” não é bem um termo para se usar em política. Talvez, então, dizer que “progredimos”. Progredimos? Em qual sentido estamos evoluindo? Continue lendo »

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As diferenças que somam…

Posted by Sem em julho 2, 2014

são de natureza diversa que aquelas que se subtraem…

 

 

Quando você pensa nas diferenças culturais, ou nas diferenças entre as pessoas, com seus diversos modos de ser e estar no mundo, ou ainda quando observa a inesgotável diversidade de seres na natureza ou mesmo dos objetos, o que lhe vem à mente primeiro? Somar ou subtrair?

 

Maravilhoso esse documentário das diferenças entre o pensamento oriental e o ocidental, que aponta para uma observação positiva – somatória – de ambas as percepções de mundo, sem julgamentos de valor e clichês desnecessários. Uma abordagem realmente tão positiva que lamentei não haver um terceiro vídeo, com a continuação da série, porque tal assunto bem que mereceria…

 

 

O Oriente e o Ocidente – Episódio 1 de 2

 

 

O Oriente e o Ocidente – Episódio 2 de 2

 

 

Retirado daqui: http://documentariosvarios.wordpress.com/

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Não vai ter Copa!

Posted by Sem em junho 13, 2014

Vocês conhecem o Exu tranca-Copa? Pois, creiam-me, ele existe… Tem sido visto com frequência – e incorporado, inclusive, cada vez mais agora, em época de Copa da FIFA por essas bandas tupiniquins…

Segue o texto com detalhes – retirado daqui, a melhor análise que pude ler até hoje do assunto “Copa”, do professor Lisandro Moura, da IFSul.

 

Estamos “comendo” a FIFA

 

Túlio Tavares, Antropofagia

Túlio Tavares, Antropofagia

 

“O Brasil não é para principiantes”. Essa frase, atribuída a Antonio Carlos Jobim, corresponde a uma advertência para quem coloca em questão o Brasil de hoje e de ontem e de sempre. Em tempos de Copa do Mundo, nosso país está mais do que nunca sintonizado com sua verdadeira vocação antropofágica, tão bem descrita no manifesto oswaldiano: “nunca admitimos o nascimento da lógica entre nós”1. Temos aversão a todo tipo de ordenação, de disciplina, de racionalização que caracterizam o pensamento burocrático impessoal e as economias de todo o tipo. Somos atrapalhados e nos metemos em grandes confusões. Na verdade, essa é a nossa maior riqueza. É que não somos afeitos à domesticação. Nem a FIFA, nem o mercado, nem o Estado e nem ninguém conseguem amansar esse povo complexo e controverso. A FIFA já constatou: o Brasil é o pior país para se trabalhar a sério na organização do Mundial. Não há elogio mais gratificante do que esse. Estamos com as obras atrasadas. Pois que atrasem! Somos originais. Vangloriamo-nos da dor de cabeça que causamos ao inimigo externo. Sairão daqui com o desejo de nunca mais retornar. Mas os traremos de volta, daqui uns anos mais, para causar-lhes uma dor de cabeça renovada.

Aqui no Brasil, nós devoramos o inimigo pela adesão a ele. Uma adesão relativa, é certo, e avessa aos compromissos de filiação. Aceitamos a Copa para mostrar ao mundo quem somos e o que desejamos ou não desejamos. Para mostrar que o país do futuro se constrói na incerteza do presente. Na aceitação do presente como um devir. Aceitamos a Copa para combatê-la através do que ela nos proporciona de melhor: o futebol. Ah, o futebol… O combate acontece na forma de entrega nada maniqueísta. Vai ter Copa e não vai ter. Vai ter jogo e protesto, farras e vaias, sangue e gols e punhos cerrados. O corpo inteiro como experiência coletiva. Abrimos as portas de casa para o mercado financeiro, para a especulação imobiliária, para a violência internacional, violência policial. Dormimos abraçados com o inimigo. E acordamos em festa. No entanto, mal sabem os analistas principiantes que, durante a noite, nós é que “comemos” o inimigo. Assimilamos seus valores e os transformamos de acordo com uma lógica interna, própria do espírito carnavalesco. Tal como nas palavras de Haroldo de Campos sobre o sentido do Brasil canibal: “assimilar sob espécie brasileira a experiência estrangeira e reinventá-la em termos nossos, com qualidades locais iniludíveis que dariam ao produto resultante um caráter autônomo e lhe confeririam, em princípio, a possibilidade de passar a funcionar por sua vez, num confronto internacional, como produto de exportação2.”

Esse é o alicerce da nossa nacionalidade. A verdade subtropical do pensamento selvagem, o pensamento da fundação da nova civilização planetária. Homo Novus Brasilensis. Eis a virtude do jeitinho brasileiro e do “homem cordial” como produto de exportação. Porque essa é nossa herança mais profunda, nossa ontologia cultural brasileira. Boicotamos o Estado antes que ele boicote nossa espontaneidade. Driblamos os governos e o mercado e apresentamos ao mundo uma nova Copa do Mundo, onde a bola dividirá o campo com os protestos. Usamos a Copa para revelar ao mundo as mazelas do mundo. Nossa luta é contra as instâncias referendadas pelo Estado e pelo mercado, que tentam controlar as efervescências e organizá-las de acordo com a lógica normativa do poder. O poder que vem de cima e que é avesso ao húmus, aos que vivem no chão. Nossa filosofia é chã, como a do Manoel de Barros. Nossa tática é irracional, é anti-tática. O fim da política como estratégia de guerra. A refundação da política como experiência interna, regada à festa. A ordem primitiva. A vitória de Dionísio sobre Apolo. A derrota da ciência pela astúcia do mito. A superioridade da magia frente à desencantada religião. Não seria isso o verdadeiro “ateísmo com Deus” do manifesto antropofágico?

De fato, não há compatibilidade entre o nosso turbante de bananas e a gravata engomada dos executivos da Copa. Aqui a periferia (aqueles do chão) impera antes, durante e depois do carnaval. É ela quem civiliza. Essa é a nossa virtude. Por isso, a tradicional fórmula “colonizadores versus colonizados”, com a superioridade dos primeiros, não se encaixa no nosso perfil. Nossa fórmula é tupi: a anti-fórmula. Somos potência econômica. Mas o que temos com isso? Não partilhamos a riqueza. Dominamos pelo imaginário, esse sim bem distribuído e cada vez mais real e potente.

Não basta a FIFA ter o poder do capital para financiar o espetáculo artificialmente midiatizado e ordenar a cidade de acordo com interesses financeiros. Aqui nos trópicos, capital não é suficiente. Tem que ter jogo de cintura, saber sambar e rebolar na boquinha da garrafa. Caso contrário, damos de 10 a 0 com direito a drible à la Garrincha, balãozinho e bola por entre as canelas. Não basta ter poder, tem que ter espírito. Isso nós temos de sobra. Com o espírito do Exu tranca-copa, o espírito do povo das ruas, dos bêbados e equilibristas, dos palhaços de circo, dos bufões de esquina, dos mascarados, dos craques da várzea… nós vamos, aos poucos, “comendo” a FIFA.

Estamos na véspera da Copa que não vai acontecer. Cabe aqui uma última advertência a todos o que pensam poder colocar o Brasil em xeque. A advertência já foi dada por Hélio Oiticica, o herói marginal, mas poderia ter saído de qualquer outro anti-herói Macunaíma, ou seja, de qualquer um de nós: “quem ousará enfrentar o surrealismo brasileiro?”3

1 ANDRADE, Oswald. Manifesto Antropófago. In: A Utopia Antropofágica. Obras Completas de Oswald de Andrade. São Paulo: Globo 1990.
2 Citado por VELOSO, Caetano. Antropofagia. São Paulo: Penguin Classics / Companhia das Letras, 2012, p. 54.
3 OITICICA, Hélio. Brasil Diarréia (1973). In: In DERCON, Chris et all (org). Hélio Oiticica (catálogo). Rio de Janeiro: Centro de Arte Hélio Oiticica, 1998.

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Do toque que não quero estar nem ser. E dos que preciso, mas evito

Posted by adi em maio 6, 2014

Por Elielson

 

Primeiro, sou a favor sim de melhores meios de defesa individuais.
Mais do que nunca, merece-se a análise do fantasma que ronda a sociedade brasileira há algum tempo.
Autoridades de todas instituições possíveis semeiam a divisão popular desde os levantes de junho. É como se uma moeda caísse em alguma conta sempre que pronunciadas as palavras esquerda ou direita, preto ou branco, e por aí vaí. E funciona. Não há o que lamentar, sempre funcionou, não sei se sempre funcionará.
Instintos primitivos regem o que supostamente o homem chama de razão, e regem ainda mais no caso de uma opinião supostamente racional ser exposta ao organismo social.
Sobrevivência ainda é algo ligado a disputa no profundo dos seres, e simplesmente para apurar seus instintos ou treiná-los, as exposições de opiniões ficam sempre em patamar ideológico, onde a disputa vital, sob o capuz do egoísmo, caminha a passos curtos, onde mecanismos fortalecidos enchem-se de autoverdades e autojustificativas que lhe dão sensações potencializadas de existência.

Sem mais enrolações, mataram uma mulher inocente na onda de linchamentos que é evidenciada no Brasil. Coroa-se um dos lados dessa disputa, de um humanismo sem ações concretas, de discursos seculares, contra o do medo e insegurança, que se desenvolve pro sádico e carniceiro.
E assim vem milhares de questões na mente de quem sabe, que uma coisa é uma coisa, e que outra coisa é outra coisa, e que cada coisa é única.
A violência, o sangue, os culpados e desculpados, tudo se amontoa numa pilha que faz cegar pro inimigo.

O inimigo em si e o inimigo para si.

Quem em você vai matar algo ruim sem a prova, digamos, “dexteriana”, que não deixará nenhuma dúvida sobre a nocividade de um elemento sádico?
De qualquer modo, sua violência, para entrar em ação, sempre vai analisar dois pontos.
– A covardia
– O sacrifício
Tudo que não é covardia é sacrifício, e lamentavelmente só se pode ser covarde com aquilo que é ignorante e desprotegido. Digo lamentavelmente porque não podemos matar, pelo menos sem sacrifício, aqueles que realmente nos fazem mal, esses, sábios em suas malandragens e protegidos, ironicamente pela nossa contribuição.
Agora vamos ao humanismo, e deixemos de lado aqueles que pensam que todo mundo pode ser bom e que a natureza é angelical. Esse humanismo acredita que devemos ter uma cautela puramente sacrificial, que devemos ser presas convertendo predadores. Intenções muito lindas acredito. Até atrai-me sim. Mas, seria-se humano assim até que ponto? E acreditem, sempre há um ponto onde se entrega os pontos.
É medo de si que não permite certas atitudes? Ou é medo da lei?
É sacrifício mesmo que acredita na bondade natural, ou é uma posição confortável?
Quem é que bate naquele que está na infância dos pecados comparado a alguns que batem?
Quem já viu o mal de perto daqueles que acreditam em conversão?
Quem é justiceiro o suficiente pra chutar um leão fora da jaula, e não chutar pequeninos vira-latas em atitudes sem efeito?

Vi muitos humanistas governando.
Vi muita gente horrivel batendo em gente má.

Mas o bom é governar sua própria humanidade e matar seus próprios inimigos.

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Da Modernidade Líquida de Bauman à Sólida de René Guénon

Posted by Sem em abril 19, 2014

Um texto da maior importância, da maior importância…

 

Retirado do blog Projeto Phronesis, que por sua vez cita a fonte http://www.reneguenon.net/GUENONtextos/IRGETGuenonCaimAbel.html

 

Partilho – com ênfase – porque considero esse texto de René Guénon uma das peças fundamentais para elucidar ao quebra-cabeça que vimos montando: dos símbolos que fazem mover ao homem, movendo a humanidade desde os primórdios, das primeiras civilizações até a modernidade.

Sim, pois, compreendendo aos símbolos podemos compreender não apenas ao nosso passado e as razões do nosso presente, mas, projetar ao futuro…

De quebra, o texto de Guénon também nos dá uma aula extra sobre alquimia, revelando uma das chaves para a passagem dos sólidos aos líquidos, ou vice-versa…

Um texto elucidativo, filosoficamente falando, pós-moderno e antigo, se assim posso me expressar… Nada a acrescentar ou discordar do pensamento do autor. Gostaria apenas de deixar meu registro de que tanto “Caim” quanto “Abel” são filhos de Deus, e que todas as formas e estados da matéria – “sólidos”, “líquidos” – são possíveis, e, de fato, existem na Natureza…

Vivemos num tempo em que o nosso maior desafio não é tomar mais o partido de um dos lados, instando a cada um fazer suas “escolhas”. Pois não nos convêm mais – como projeto de futuro – eternizar a crucificação de Cristo, formulando como saída de cada crise que enfrentemos, outros e novos bodes expiatórios, execrando continuamente na figura do “estrangeiro”, do “inimigo”, do “herege” – e de tantos “outros” que fazem o nosso “próximo” se tornar “distante”, essa figura fictícia que carrega para longe de nossas vistas a nossa própria incapacidade de reconhecer em nós mesmos a origem de nossas dificuldades. Não nos serve mais essa saída – se pretendemos um projeto mais elevado para a humanidade, pois, na prática, a solução do bode expiatório torna não apenas a realidade do outro impossível, mas a nossa existência menor, em verdade, um inferno de vigilância e medo para todos os lados. O desafio da nova etapa da humanidade é como tornar possível a convivência – senão pacífica – sem prejuízo para nenhuma das partes.  Isso, ou, o quê? Arriscar Continue lendo »

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ASMR – Autonomous Sensory Meridian Response

Posted by adi em abril 2, 2014

Vocês sabem o que é ou já ouviram falar sobre ASMR? ASMR é a sigla para Autonomous Sensory Meridian Response – que traduzido para o português, ficaria alguma coisa como Resposta Sensorial Autônoma do Meridiano.

Mas o que é afinal ASMR? ASMR é um neologismo para um fenômeno de percepção caracterizado como uma sensação distinta e agradável de arrepio ou formigamento na cabeça, couro cabeludo, coluna, pescoço, costas e outras partes do corpo, em resposta a estímulos auditivos e ou visuais.

 

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Outros termos conhecidos para descrever essa sensação são: massagem no cérebro, orgasmo cerebral, formigamento cerebral, orgasmo na cabeça, etc.

Embora o termo orgasmo cerebral seja chamativo, muitos concordam que esse termo seja inadequado e até mesmo enganoso para descrever essas sensações, pois ASMR em nada se relaciona ao orgasmo sexual.

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Mais pérolas

Posted by adi em março 28, 2014

 

 

“Antes da iluminação, cortar lenha e carregar água. Depois da iluminação, cortar lenha e carregar água.” 

                                                                                                     -Provérbio Zen-

 

 

 

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Mundos Internos – Mundos Externos

Posted by adi em março 24, 2014

Sabe todos esses assuntos que nós gostamos muito de ler aqui no Anoitan? Pois bem, o filme-documentário abaixo feito pelo cineasta, músico e professor de meditação Daniel Schmidt, traz uma síntese linda e maravilhosa entre ciência e espiritualidade, abordando desde assuntos como física quântica, espaço, universo holográfico e fractais; passando por assuntos como kundalini, budismo, hinduísmo, entre outros do campo filosófico e religioso, e terminando com o despertar espiritual além do pensamento.

O documentário foi dividido em quatro partes, mas trouxe aqui o documentário completo com pouco mais de duas horas. Apesar de longo, vale muito a pena assistir na íntegra, nem que seja por partes. 🙂

No site innerworldsmovie.com , encontramos mais informações sobre o documentário e sobre o autor.

 

 

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Pérola do Oriente

Posted by adi em março 19, 2014

Do livro Chuang Tzu – Ensinamentos Essenciais.

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” O artesão Ch’ui conseguia traçar uma linha reta qual fio esticado, e fazia um círculo tão perfeito quanto um compasso. O segredo? Deixava a sua mão mudar com a mudança das coisas, e não permitia que o seu coração e a sua mente se distraíssem. Assim conservava a morada do espírito unificada, porém desembaraçada.

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Amor e sua relação com o caminho espiritual

Posted by adi em março 12, 2014

Esse post, que é a continuação do anterior, tem pouco mais de um ano que eu havia começado a escrevê-lo, estava com um monte de ideias, inspiração e entusiasmo, mas não cheguei a conclui-lo e tudo passou, estava faltando algum tempero, talvez uma liga, na verdade o amor, o qual pra minha surpresa se revelou por agora, e então tudo fez muito mais sentido.

Para falar de amor no caminho espiritual, não vai ter outro jeito a não ser começar do começo. 🙂

Lembrando que, há três fases, graus, ou etapas principais no caminho espiritual, tanto em Alquimia, como no Budismo, na Cabala, ou em Thelema. É importante levar isto em conta, porque é aqui nestes três estágios que acontecem de fato as grandes transformações ou as grandes mudanças de consciência.

Na cabala, podemos verificar no esquema da Árvore da Vida como segue abaixo, o seguinte:

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Olhando para o gráfico da Árvore da Vida, nós verificamos a tríade das sephiroth yesodh, hod e netzach, essa primeira tríade corresponde a nossa personalidade. A segunda tríade referente à tiphereth, geburah e chesed corresponde ao homem desenvolvido, ou ao homem individualizado, é onde se dá o nascimento do filho, e a terceira tríade de Binah, Chokhmah e Kether corresponde à centelha espiritual. Entre a primeira tríade e a segunda, há o que se chama de véu de paroketh, é uma espécie de travessia do abismo em menor escala, e entre a segunda tríade e a terceira está o véu do abismo ou a sephirah oculta Daath. Tiphereth equivale ao centro mediador entre o espiritual (sephiroth superiores) e a personalidade (sephiroth inferiores).

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