Anoitan

“Se sempre há um amanhã, sempre há um anoitã.”

Avatar – o filme e seu simbolismo

Posted by adi em dezembro 30, 2009

Muitas pessoas que já assistiram ao filme, ou que ainda não assistiram tem acompanhado as várias sinopses ou críticas sobre o filme via internet, algumas bem favoráveis, outras nem tanto. Como gostei muito do filme, e recomendo a todos assistirem, achei interessante também escrever uma resenha sobre ele aqui no Anoitan.

Falar sobre as imagens de Avatar é pouco, falar da tecnologia utilizada também, porque Avatar além de ser um deslumbre visual, é ainda mais, é ainda além do próprio visual, este que já é fantástico por si só.

James Cameron ao conceber o filme totalmente inovador, se utilizou de elementos arquetípicos pra deixar uma mensagem bem atual penetrar no consciente das pessoas. Além da mensagem espiritual, há um forte apelo ecológico que nos faz repensar nossas atitudes como humanos que somos.

Há muitas resenhas sobre Avatar na net, a maioria falando do aspecto 3D do filme e de toda a tecnologia usada; sim uma inovação que proporciona uma experiência única, onde 60% do filme foi  feito  em computação gráfica, portanto, vou comentar somente o aspecto mítico, simbólico e arquetípico, pois é esse que junto com o rico visual, mexe com a gente, e faz a gente sair de lá com a sensação de quase uma experiência mística.

E claro, é uma experiência visual onde a imagem e a tecnologia em 3D, dão vida a cada detalhe, e Cameron torna Pandora real; lá tudo é real aos olhos, desde o povo Na’vi, a fauna e a flora, tudo é um espetáculo de vida e beleza.

Sim, há muitos paralelos entre outros filmes como Matrix, Senhor dos Anéis, Star Wars, Dança com Lobos, o Último Samurai, etc; porque Cameron conta a jornada do herói, mas o diretor narra de uma maneira totalmente inovada, como o rejuvenescimento do arquétipo, e com certeza o arquétipo renovado desperta algo dentro da gente.

Avatar conta a trajetória de Jake Sully, um soldado da marinha que aceita o desafio de ocupar o lugar de seu irmão gêmeo (morto), no programa Avatar. O Ano é 2154 e se passa numa lua que se chama Pandora, que orbita o planeta Polyphemus (ficção) no sistema de Alpha Centauri; detalhe, ele é paraplégico. Em Pandora os humanos estabeleceram pequena base militar e cientifica com o intento de obter um valioso minério Unobtanium, rica fonte de energia. Como Pandora é um mundo com atmosfera imprópria para os humanos, foi criado corpos chamados Avatares, mistura de DNA humano com DNA dos nativos Na’vis, com o objetivo de, por um lado, amistosamente retirar os nativos de sua área, ou, por outro lado, se misturar e aprender os costumes dos nativos e verificar seu ponto fraco, visto que o território dos nativos se localiza acima da maior reserva do mineral precioso.

Até aqui, tudo isso pode ser encontrado nas várias sinopses sobre o filme na net; e a partir deste ponto, contém muitos  spoilers (totalmente), portanto, melhor assistir ao filme primeiro, pois recomendo a leitura somente a quem assistiu e quer verificar sua simbologia.

Já no inicio do filme, Avatar  mostra a que veio e conta a história da transcendência da consciência; do processo iniciático ou de individuação do masculino. Desde quando Jake desperta da hibernação e fala do sonho, e sobre a liberdade de voar, e diz; “mas sempre temos que despertar (acordar)  para a realidade”. Avatar fala do limitado estado de consciência num corpo humano ao aprendizado de ampliar os limites num novo estado de ser, num novo corpo, corpo este apropriado para a nova experiência. A imagem de viagem a terras desconhecidas é um símbolo do processo de individuação, portanto é aqui que Jake inicia seu processo.

Além disso, James Cameron se utilizou de toda a simbologia do arquétipo da Grande Mãe, como natureza pura, geradora e provedora da vida.

Você é Jake Sully? Queria te falar sobre começar uma vida nova num mundo novo. Onde você  faria diferença.” – esta fala é do começo do filme, e pode ser vista no trailer oficial do filme.

Jake era irmão gêmeo de um cientista, este sim fazia parte do projeto Avatar, mas morto, Jake foi convidado a tomar o seu lugar. Os gêmeos simbolizam a dualidade e se constituem por vezes numa imagem análoga a encruzilhada, normalmente na mitologia eles encontram-se como uma representação do arquétipo da sombra, onde um sempre possui as características que faltam ao outro. E no caso de Jake, por seu irmão já estar morto, bem como por todo o processo de Jake ser paraplégico e ainda ir realizar a parte de seu irmão, se deduz que ele já ultrapassou esta encruzilhada do confronto com sua sombra pessoal. Pois, aleijado ou aleijão nos mitos era visto como sendo um ser de sabedoria ctônica e sua deformidade aparecia como sinal de iniciação. A sua imagem encontra-se vinculada a dos heróis e a das pessoas que possuem um destino incomum, a exemplo dos cabiros, os filhos de Hefesto. Essa característica parece ser o resultado de uma necessidade de sobrepujar a deformidade física. Os ferreiros, assim como os carpinteiros nos mitos, quase sempre aparecem retratados na imagem de aleijões.

Como vimos o minério, ou pedra muito valiosa, que os seres humanos estão atrás, Unobtanium, é como uma substância que representa o espírito ou a matéria espiritual em forma concreta. A Pedra na simbologia alquímica como representação da Pedra Filosofal, é um símbolo do centro e da totalidade da psique, que surge como prima-matéria, o início, para posteriormente transformar-se no Lápis, o fim da Obra que tal como o Cristo é tanto o Alfa como o omega.  A Pedra por vezes costuma ser denominada de Árvore da Vida, apresentando uma forte relação com o simbolismo da Árvore do Mundo ou da Árvore Cósmica. As pedras preciosas de um modo geral, simbolizavam os valores psicológicos duráveis. E não é nada por acaso que a maior reserva desse mineral está sob uma grande Árvore onde vivem os nativos.

Essa é a busca de todos nós, e assim, Jake é lançado em Pandora, nesse novo mundo, num novo corpo, pra aprender essa nova realidade. Desta forma, ele conhece Neytiri, uma nativa, que irá lhe ensinar os segredos de Pandora. Neytiri é literalmente a anima de Jake, que além de  ensinar todos os segredos de Pandora, o conduz como psicopompo através da provas iniciáticas e ao modo de vida dos Na’vi, mundo totalmente novo para Jake. Já no primeiro encontro, Neytiri fala, você faz muito barulho, como uma criança, como uma criança boba e que não tem o controle ou não sabe controlar. Mitologicamente, criança representa o SELF. Simboliza o começo e a plenitude das possibilidades, o SELF em seu status nascendi.

Ele tem que aprender a “Ver Pandora” com os olhos de Neytiri, ou seja, do ponto de vista de Neytiri, com a percepção da anima.

“I See you”;  Castaneda fala que pra Don Juan, “ver” é diferente de olhar,  porque “ver” encerra um processo muito complexo, em virtude do qual um homem de conhecimento supostamente percebe a essência das coisas do  mundo.  Pandora nos parece muito com o mundo descrito por Dom Juan a Castaneda, um mundo iluminado, vivo, tudo inspira e expira vida, essência; mas é preciso “aprender a ver”, e essa é a parte mais linda do filme. O olho, ou “ver”, simboliza a tomada de consciência do Self.

Desta forma,  Jake vai aprendendo a ver como Neytiri vê Pandora, vai aprendendo a viver em Pandora, ele já não distingui mais entre uma realidade ou outra, está tão envolvido nessa nova vida que quer estar todo o tempo no corpo do Avatar, na realidade de Pandora. Neytiri vai iniciando ele, e assim depois de Jake caçar e matar de forma limpa e rápida como um caçador experiente Na’vi, ela diz: Você está pronto.

Mitologicamente, a caçada possuía uma simbólica de iniciação ligada a Artemis. O animal caçado representa a captura do instinto e do proibido, e o homem sente-se mais homem, quando é capaz de sacrificar sua natureza animal.

“Você está pronto”, e já pode fazer você mesmo seu arco e flecha com a madeira da Árvore Sagrada, diz Neytiri.

A imagem do carpinteiro aponta para o símbolo do criador, aquele que é capaz de criar e moldar através da madeira, que oriunda da árvore, tem uma ligação com o arquétipo da mãe. Ele cria à partir da mãe, sendo portanto, um símbolo do pai gerador. Taré, pai de Abraão foi um bom marceneiro; Tvashtar, pai de Agni, um ferreiro e carpinteiro; Hefesto, o pai de Hermes era carpinteiro, ferreiro e escultor; José, pai de Cristo, carpinteiro; Ciniras ,pai de Adônis, carpinteiro. O arco pode ser ainda um símbolo da tensão causada pelos desejos humanos,é considerado ainda um símbolo do destino, também pode estar simbolizando a necessidade de que o ego vígil olhe para dentro de si mesmo como uma seta que aponte para a busca da meta de sua vida. O alvo certamente é interior.

Jake é levado então, a confrontar o Dragão Alado, e o Dragão Alado é um dos símbolos de representação do princípio transcendente. Ele não só luta, bem como conquista e se une/conecta ao seu animal, que lhe proporciona a extrema sensação de liberdade.

Depois disso, tendo ele dominado todos os elementos desse novo mundo, dessa nova maneira de ser, é então  levado diante do povo Na’vi. Lá ele é completamente aceito por todo aquele clã Na’vi, numa grande iniciação ritualística, onde ele se torna como um deles, como um Na’vi de fato.

Neytiri o leva então para a Árvore das Almas, o local mais sagrado para eles, Árvore esta que é a mãe de todas as coisas, uma simbólica do arquétipo materno. Divindades femininas freqüentemente eram veneradas como árvores, daí por vezes, o culto das árvores e florestas sagradas. Para o primitivo, o mundo em geral é dotado de alma, assim, as árvores e plantas também a possuíam. Na China, é costume se plantar árvores sobre a sepultura para fortalecer a alma do morto. Ela encontra ainda na sua simbologia a ligação com a Grande-Mãe que tanto é a doadora da vida como da morte. Possui ainda um caráter bissexual, uma vez que além de representar a mãe, também é um símbolo do falo. A vida humana, o desenvolvimento e o processo de transformação da consciência às vezes são simbolizadas pela árvore, que tem um significado mítico de guardiã do tesouro. Existem vários mitos descrevendo os homens nascendo da árvore e a presença de uma fenda, já é suficiente para relacioná-la à mãe, pois a fenda equivale ao útero. Os Xamãs enterram seus mortos em troncos e o sepultamento em árvores tem o simbolismo de ser encerrado na mãe para poder “renascer.” Para os maoris, ela tinha uma relação com o próprio destino dos homens sendo que após o nascimento, quando havia a queda do umbigo, os maoris o enterravam num local considerado sagrado e nesse mesmo local era plantada uma árvore que ficava sendo à partir de então, um “tohu oranga”, ou signo da vida para a criança.

Então, embaixo da Árvore das Almas, a mais sagrada de todas, Jake e Neytiri se unem em cópula, o Hieros Gamos, que simboliza o casamento sagrado, a união da deusa com o deus, a conjunctio superior, sendo que é uma imagem arquetípica cuja necessidade psicológica que se encontra simbolizada neste rito é o movimento da psique em direção à totalidade.

A partir de então, ele tem que tomar uma grande decisão, e realizar um grande ato, vai tornar-se o salvador, assumir uma grande causa, não mais pra si-mesmo, pois este feito já foi realizado, mas para o coletivo, para todo o povo do qual ele agora adentrou e faz parte, para este novo mundo… e tem de apartar-se definitivamente de tudo o que era antes…

A guerra se instala, de um lado uma parte humana, representando a ganância e conquista a qualquer preço, as máquinas, o sistema de domínio e aprisionamento, etc… e de outro lado todo esse mundo novo, em harmonia e equilibrio, de liberdade, onde tudo se mostra conectado, a grande rede, como uma grande vida que se extende por trás de todas as coisas.

É claro que a consciência de Jake vai escolher lutar pelo novo e libertador, mas pra conquistar definitivamente esse novo estado de ser terá de cruzar a linha divisória além da vida humana e renascer  completamente como avatar.

Ref. Dicionário de simbologia.

56 Respostas to “Avatar – o filme e seu simbolismo”

  1. Sem said

    Adi,

    Fiquei até com medo de ler algumas partes de sua apaixonante resenha do filme, pq eu ainda não vi Avatar. Volto aqui para ler o restante e comentar só depois que ver o filme. Mas pelos seus comentários iniciais, tenho certeza de que vou gostar. Embora o meu estilo preferido de filmes não sejam bem esses espetáculares hollywoodianos, a verdade é que qd a simbologia é coerente e não apenas um golpe comercial, as super-produções têm muito a nos dizer e divertir.

    Eu sou campeã de gostar de filmes que os outros não gostam, Adi, e de não gostar daqueles que a maioria gosta. =)

  2. adi said

    Sem,

    Pois é, também não gosto de filmes do tipo “herói americano”, do estilo bem comercial a la Hollywood…

    Mas Avatar é diferente, e apesar de contar a trajetória do herói, é de uma maneira bem arquetípica, e isso nos remete a nós mesmos, a nossa própria jornada interior.

    E nisso Cameron acertou sim em fazer o filme de uma forma bem atrativa, bem comercial, pois assim a “mensagem” tanto ecológica como espiritual pode atingir muito mais pessoas, principalmente os da nova geração.

    “Eu sou campeã de gostar de filmes que os outros não gostam, Adi, e de não gostar daqueles que a maioria gosta. =) ”

    Bem, eu gostei de Anticristo, né (rsrsrs), então sou suspeita pra falar.
    Avatar é uma aventura de ficção científica, de ação , e que além da imagem, traz uma mensagem muito bonita, e foi isso que me tocou, por isso recomendo sim. 🙂

  3. Sem said

    Adi,

    Eu tb não assisti Anticristo… estou meio fora do circuíto comercial por aqui, tem poucos cinemas na cidade e costumo ir muito pouco ao cinema.

    Quero ver se nessas férias pego esses filmes em alguma locadora, nem que seja para termos assunto para papear aqui depois. Alugar filmes é outra coisa que não costumo fazer, acho demais, já que tenho Telecine e HBO…

    Por falar nisso, estava procurando um filme para ver na tv hoje à noite e vai passar 22h um filmaço no Telecine Cult: Oldboy. Já viu? Vou rever, apesar de perder o impacto de já saber da trama, só vi uma única vez e tem algumas cenas que gostaria de rever…

    Pra mim Oldboy é o melhor da cultuada trilogia vingança desse cultuado diretor coreano Chan-Wook Park…

    E recomendo a quem puder assistir, acho vale super a pena. Mas aviso que é um filme para poucos, é violento em todos os sentidos. A violência psicológica, então, chega às estratosferas até para os parâmetros dos filmes orientais mais violentos. Mas é um dos filmes mais originais que eu já vi e acho difícil de classificá-lo… Suponho que seja um suspense, um drama psicológico, ou sei lá… Só para dar uma ideia a quem não viu decidir se pode gostar, é uma mistura do melhor do Tarantino como em Cães de Aluguel e Kill Bill 2, e ainda tem a carga emocional e sexual de um Império dos Sentidos, do Nagisa Oshima, mas sem o sexo explícito é claro… Deu para sentir o drama… =)

    Adi, tive uma ideia, e se a gente abrisse um tópico aqui no Anoitan só para discutir cinema… onde todos, não só os escritores do blog, mas todos pudessem fazer sinopses dos seus filmes mais interessantes… se abrissemos esse espaço para análises… que acha? eu topo. =)

  4. luramos said

    Eu ainda sou aquele ser que ama as possibilidades que Malkuth oferece…e toda a experienciação sensorial, emocional, mental e espiritual que o filme me trouxe foi uma verdadeira catarse.

    A melhor experiência que já tive dentro de uma sala de cinema. Pensando bem quando a Rafaella tinha três anos e assistiu comigo Irmão Urso – filme xamânico assim como Avatar, aliás- e perguntou em alto e bom som: Mãe, porque você está chorando? Eu ri e chorei por uns bons minutos ao mesmo tempo…rs

    Mas voltando a Avatar, além de tudo que já foi dito por vcs, teve algo que o James Cameron colocou na história que

    fez Pandora ficar mais parecida com o planeta Terra: todos os seres fazem parte da Natureza e inclusive tem uma forma visível de se conectarem entre si. Aquele “rabinho” que os Na’vi usam para se conectar com o Todo e com as partes do Todo (que fiquei achando que parece um fractal) nós também temos, só que o nosso não é visível e por isso talvez façamos mau uso das nossas possibilidades de conexão ….(fazíamos, vamos usar a Palavra, para invocar e realizar nosso melhor…rs)

    Espero que a mensagem não tão subliminar do Cameron tenha atingido a todos como atingiu a mim. Depois da aproximação do Eu Superior Na’vi que gosto de chamar de SAG, ou um passeio por Tipheret, nada melhor do que um lampejo de Keter, com a sensação de Unidade que esta linda história de Busca, Coragem e Amor me presenteou….

    Obrigada a vocês que me receberam com palavras doces lá no post do Natal. (E eu sempre tão séria….rs).

    Axé na Luz!

  5. adi said

    Sem,

    Anticristo não é um filme comercial, é considerado Cult também, mas aqui em casa, apesar da HBO e Cinemax, minha filha adora pegar filme novo na locadora… ás vezes assisto junto, e acabo me atualizando um pouco mais.

    Oldboy não conheço, e infelizmente não tenho os Telecines, não vai dar pra assistir…

    … mas gostei da sua idéia das “resenhas” só pra discutir cinema, inclusive aberta a todos, e você podia começar falando do Oldboy pra nós… seria bem interessante. Também topo 😀

  6. adi said

    Sem,

    ” Anticristo não é um filme comercial, é considerado Cult também,”

    eu quis dizer que é um filme deste estilo Oldboy, “Cult”, no sentido de que são poucas pessoas que gostam, e talvez por isso, acho que você iria gostar. 🙂

  7. adi said

    Oi Lu,

    Pra mim também o filme teve um efeito, não tenho como dizer, acho que de deslumbre, mas no sentido de mexer com as emoções, de me fazer viajar e sentir como o Jake… claro que chorei também, mas bem em silêncio, as lágrimas só corriam rosto abaixo.

    Essa parte da “conexão” que o filme mostra é belíssima, e o rabinho deles tem sim um paralelo com a Kundalini, porque é através dela que fazemos nossa conexão com o Divino em nós, Divino esse que faz parte da grande rede, dessa totalidade abrangente… Por isso o filme é muito tocante, muito místico e espiritual.

    Pra mim Avatar fala de nós mesmos e da individuação, onde o Self plenamente consciente proporcionaria a experiência da conexão com todas as coisas.

    “Espero que a mensagem não tão subliminar do Cameron tenha atingido a todos como atingiu a mim. ”

    Nesse sentido eu achei ótimo o filme ter esse lado comercial de longo alcance bem Hollywoodiano mesmo, pra mensagem atingir muitas e muitas pessoas, porque com certeza o filme “captura” até o maior dos insensíveis e materialistas (rsrsrs).

    “Obrigada a vocês que me receberam com palavras doces lá no post do Natal. (E eu sempre tão séria….rs).”

    Ah, não tem nada que agradecer não. Aliás, você sabe que ainda faz parte daqui, em nossos corações principalmente, e que é muito bem quista. E que você poderia voltar a escrever e postar aqui conosco quando quiser, se você quiser claro, sem compromisso, sem responsabilidade de “ter que”, e escrever somente quando estiver inspirada e com vontade…
    Não precisa responder agora, pense com carinho…

    Além do mais, eu gostava muito de ler seus posts, e acho que muita gente também…

    Axé bem grande

  8. Marcelle Martins said

    Amei o filme! Por mim ja ganhou o Oscar! foi perfeito! Historia ferfeita, atores perfeitos, lugar ferfeito, enrredo perfeto! um dos melhores filmes que ja assisti. Parabéns! Ah, quando que sai o Avatar 2?rs.
    Sucesso.
    grande beijo, e pra quem não viu…
    VEJA LOGO! não sabe o que está perdendo.

  9. Lúcio Manfredi said

    Oi, Adi!

    Muito boa a tua exegese de Avatar. Minuciosa, destaca todos os pontos simbólicos do filme, sem nunca perder de vista o todo que dá coerência às partes. Muita gente meteu o pau em Avatar porque não conseguiu enxergar além da camada superficial de aventura. Tudo parece superficial quando a gente se recusa a olhar além da superfície, e o Cameron (que não só dirigiu, mas também escreveu o roteiro) subiu vários pontos no meu conceito depois de Avatar.

    Bjs.
    L.

  10. adi said

    Olá Marcelle,

    O filme é do “balacobaco” mesmo, uma inovação; tanto que depois de Avatar vi trailers de outros filmes em 3D.

    Além de toda a estória e sua ambientação criada e vivificada por Cameron, esta vai ficar por muito tempo em nossas consciências.

  11. adi said

    Oi Lúcio,

    ” Muito boa a tua exegese de Avatar. ”

    Obrigado…

    ” Muita gente meteu o pau em Avatar porque não conseguiu enxergar além da camada superficial de aventura. ”

    É verdade; e um dos pontos altos no filme é que Cameron renovou uma mensagem “antiga” até, uma mensagem esvaziada e desgastada pelo tempo, tanto a ecológica como a arquetípica jornada do herói já estava apagada na mente das pessoas… E Cameron no filme conseguiu “despertar”, ascender, essa idéia novamente…

    “Tudo parece superficial quando a gente se recusa a olhar além da superfície, e o Cameron (que não só dirigiu, mas também escreveu o roteiro) subiu vários pontos no meu conceito depois de Avatar.”

    Também acho isso; pra mim, o simbólico tem um efeito tão “devastador” (renovador) em muitos sentidos, em todos os sentidos; e se olharmos bem, tudo é símbolo; a essência está lá por traz, escondidinha… (rsrsrs).
    Cameron deve ser místico pra tirar tudo isso da cabeça dele. Também subiu no meu conceito.

    Olha, muito bom te ver por aqui.

    Bjs
    adi

  12. Sem said

    Adi,

    Fui ao cinema ontem e vi Avatar. Fui sozinha e me emocionei tanto, em tantas partes do filme, que chorei quase o tempo todo. Não é o meu costume, quer dizer, vou ao cinema para me emocionar e me emociono sempre, essa é a graça, mas não acho que fique bem chorar em público e normalmente mantenho a emoção manifesta em uma e outra lágrimas que insistem, não mais do que isso.

    Mas segurar não foi possível com Avatar, houve um transbordamento, tanto que minha maior preocupação ficou apenas em evitar os soluços – que mais eu poderia fazer?

    Nesse sentido dei graças que o cinema estava quase vazio, sabe como é, período de férias, no meio de uma tarde, de um dia de semana e em cidade de interior movimentada principalmente por estudantes vindos de fora… é sempre muito calma. Dei graças tb que o rapaz mais próximo estivesse tão entretido com um balde de pipoca e fazendo tanto barulho ao comer que nem me prestasse atenção e, ao contrário, chamava as atenções para si.

    Isso de chorar além da conta em cinema só me aconteceu uma outra vez, em outro filme e que tb assisti sozinha (essa é uma das minhas maiores perversões, tenho verdadeiro prazer de ir ao cinema sozinha). Esse outro filme foi Gandhi, mas foi a tantos anos atrás, qd eu morava ainda em Curitiba, cidade onde nasci e me criei.
    De uma maneira muito doida, Adi, eu traço paralelos entre os dois filmes. Vou me explicar…

    Antes queria dizer que li a sua resenha inteira e ela tá maravilhosa. Li tb a do Lúcio no Epistemonike Phantasia e a meu ver vcs dois juntos tocaram em todos os pontos importantes e necessáios para uma boa análise desse filme. Tanto que não vou me estender nisso, penso que qualquer acréscimo que faça seria redundante com a análise de vcs. Só vou falar dos motivos da minha emoção, partilhar as lembranças e os pensamentos que me ocorreram ao ver Avatar.

    O filme me lembrou muitas coisas, mas nada de fantasia, só coisas muito sérias e reais e que acontecem todos os dias, estão acontecendo agora, na sociedade dos homens…

    Apesar de ser ainda um conto de fadas, é desses que calam fundo na realidade anímica que sustenta nossas vidas – mesmo que a maioria não se dê conta, é essa realidade anímica a que sustenta suas vidas.

    O filme fala muito à contemporaneidade, fala do mito que está nos rondando mais de próximo e pedindo para ser vivido, para ser cultuado… fala da volta de Gaia.

    Isso é real e não há nada de fantasioso nessa encruzilhada [ecológica] que o tempo nos coloca, ou que nós próprios nela nos colocamos – pq o hoje é sempre fruto do ontem e semente do amanhã…
    E hoje é patente que somos todos convocados a decidir entre um tipo de vida sustentável, conscientes do ecossistema fechado e limitado que fazemos parte, ou inconscientes do fato, continuando a agir como se o planeta Terra fosse infinito e pudéssemos tudo…
    Estamos nessa encruzilhada, e a imagem do momento que vivemos é dramática por si só sem precisar que a exageremos. Pois as consequências para o futuro das decisões que estamos tomando agora, são graves ao ponto de determinar, não qual futuro teremos, mas se teremos futuro…
    Dizem que essa é a última geração de homens que ainda pode decidir que estilo de vida quer levar, pq a próxima, não terá escolha… E é bem assim que eu acredito que é e percebo que estamos nesse limiar…

    Eu lembrei de uma amiga oriental que joga xadrez e, ponderada, costuma repetir uma sabedoria seicho no ie que aprendeu com o pai: de que a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória…
    Pois é isso, só colhemos o que plantamos, essa é a verdade mais crua, seja numa partida de xadrez ou na vida. O momento histórico que vivemos é então o limiar para o sonho ou o pesadelo, é desses momentos raros e dicotômicos que são marcos históricos e assinalam a passagem de um paradigma a outro…

    Mas para onde nós estamos indo? E não se trata de fantasia, Avatar trata de toda a grave realidade que estamos vivendo e para onde estamos nos dirigindo…

    Lembrei que uma vez eu falei aqui no comecinho do blog, qd recém tinha conhecido vcs e me apresentado, eu falava barbaridades então… Continuo falando, mas, dizia naquela ocasião, a questão era mais crucial que apenas a jornada de um homem… Sempre é a jornada de um homem, mas por vezes se trata mais do que apenas um homem e é tb de humanidade.

    Outra grande besteira e vaticínio que fiz na época foi a de que estaríamos para receber um novo messias… Vale dizer que no simbolismo arquetípico, messias e herói são figuras assemelhadas. A diferença maior está que o que a saga de um se dará no mais pessoal – herói -, no outro a saga é coletiva – messias.

    Continuo achando a mesma coisa, que o tempo está maduro para um novo messias… já que os deuses estão mortos…

    Mas não sei se o novo messias poderá ser alguém ou uma coisa, ou o que ele ou ela, ou “a coisa”, teria a nos dizer… Não sei exatamente o que diria, mas penso que falaria da vida em abundância, vida a se colher e desfrutar no presente com fartura… Com certeza falaria da vida, pois messias sempre tratam da vida real, e se não é exatamente por isso que eles são… mortos? Quem mata a vida? Mas estou aqui me referindo à morte besta, longe da morte do ‘sacro-ofício’…

    Lembrei de Freud e de Melanie Klein, do eros, pulsão de vida em Freud, e do sentimento de gratidão do bebe em Klein: essas forças que do mais íntimo psiquismo [da alma] do homem o redimem e salvam da aniquilação…
    Claro tb a força contrária no binômio psicanalítico, da pulsão de morte, ou da inveja do seio, do pênis, do útero, da inveja enfim, a qualquer coisa que tenha ou doe vida.
    É essa inveja da vida que engendra as mortes bestas. É sempre a maledicência a que assassina, desagrega e diminui a vida… e acaba com o outro, não para possuí-lo ou ter mais para si, mas para profanar a vida e retirar do outro o que tem e para q ele fique sem nada.

    A maledicência que mora no coração do homem, tanto quanto a caridade, e é sempre uma escolha do homem servir a uma ou outra senhora.

    Eu acho que chorei mais pq é sempre muito emocionante saber que não estamos sozinhos nesse anseio por vida, que outros se preocupam tanto com essas questões ao ponto de fazerem delas o motor de suas vidas. E para mim não há nada mais importante ou grandioso que dedicação a essa causa. Sempre atenta a essas questões, é o meu modo de servir à Grande Sabedoria, ou Gaia, ou Ei-we, ou sei lá que nome possa ter esse espírito, que para mim é o sentimento pulsante das vidas interligadas. O filme demonstra isso de modo sublime…

    Tantos já serviram a essa causa, anônimos e expoentes, pecadores e santos, alguns de modo mais inequívoco e corajoso, e outros, como eu, vão como podem, aos trancos e barrancos mesmo…

    Somos em geral muito imperfeitos e inconscientes, pensando em fazer o bem, fazemos às vezes o contrário… Muitas vezes nem é por nossa culpa, é o sistema que nos subverte, usa a nossa força em seu favor e deturpa a nossa palavra, a nossa ação… pq é da natureza da morte subverter a vida.

    Mas não vamos esquecer de considerar q são as nossas atitudes dúbias o que mais alimenta o sistema e o mantém vivo, aliás, sem nós, ele não existiria…

    Fiquei pensando no paradoxo que é a vida… Frágil como ela só, num segundo se apaga, basta um golpe, como o que recebeu o irmão do protagonista e que nós nem chegamos a conhecer: por um nada, um tiro de alguém q queria apenas os trocados que ele carregava no bolso…

    Essa gratuidade da vida e ao mesmo tempo como ela é perene e difícil de ser destruída…
    É bem uma conta matemática de pulsões psicanalíticas a ser deduzida: se houvesse mais pulsão de morte do que de vida, já estaríamos todos mortos… então, enquanto há vida, há esperança…
    A solução é percebermos que estamos todos juntos no mesmo barco, ou nos afundamos todos ou fazemos juntos a travessia…

    Lembrei de outro filme: Crash. Filmaço tb, mostra como as coisas estão todas enredadas, pessoas e acontecimentos… Maledicência e bondade… O bonito desse outro filme é que a mesma mão de policial, que num dia “estupra” uma mulher em revista, é a mão que no dia seguinte irá salvá-la num ato heróico e q põe em risco a própria vida; e outro policial, que mata um negro num momento de medo e por ideias pré-concebidas que adquiriu da sociedade que vive, no dia seguinte salva outro negro de ser morto ao ver no homem mais a humanidade e menos a cor; e a mulher dondoca que desconfia de um trabalhador honesto só por ele ser latino, tem por amiga de confiança uma funcionária doméstica que tb é latina; e o pai trabalhador libanês, carinhoso com a filha, quase mata a filha que é tudo para outro pai trabalhador – só não matou por uma sequência de mal entendidos q a filha teve no começo do filme, pegou munição de festim ao invés de balas de verdade, foi um golpe de sorte no dia que ele teve o terrível azar de ter a sua loja assaltada…
    E os enredamentos continuam em Crash, tudo é muito bem amarrado nesse filme tb, quer nos dizer como Avatar que tudo é Um.

    Pois é, o pensar holístico sob as coisas, será que seria muito exagerado de minha parte afirmar que ou aprendemos a pensar holisticamente ou então estaremos todos fu… como espécie, fadados à extinção?

    Lembrei da Marina Silva, de uma palestra que ela deu na UNB e eu não assisti, mas que uma amiga me relatou tão vivamente que é como se eu a tivesse assistido. A questão dos grileiros contra Yanomamis em Roraima, enquanto para os grileiros a terra serve para o honroso plantio da soja, para a extração da madeira e a criação do gado, para os indígenas a terra em questão é o centro da criação do universo… Lugar sagrado que se profanado colocaria todo o universo em perigo… E qualquer comparação que se faça com a árvore dos espíritos antepassados em Avatar, a árvore branca de ei-wá, é mais que mera coincidência, é pura sincronia…
    Marina Silva argumenta, afinal, por que os grileiros precisam exatamente aquelas terras e não se contentam com outras?

    Marina Silva será candidata à presidência pelo Partido Verde nas próximas eleições… Pergunto-me qual repercussão terá a sua candidatura e como ela será engolida pelo “sistema”, quando e quanto será tachada de ingênua para que a força e simplicidade dos seus argumentos sejam anulados, para que não perturbam o ‘stablishman’… pois já viu, se perturbar demais, corre o risco de ser eliminada… como foi Chico Mendes…

    Vivemos nessa selva, nossas cidades são a lua de Pandora onde mora o povo Na’vi , com a desvantagem para nós que lá a vida é natural e bem-vinda. Nós, que nos julgamos metropolitanos e civilizados, achamos que deixamos para trás a vida desregrada e o perigo de ser devorado por alguma fera, quando na verdade nos transformamos nós as feras uns dos outros… Se a gente olhar com cuidado, para as nossas cidades, vamos ver o quão hostil elas são, é a mesma luta renhida por espaço e comida da cadeia alimentar onde o mais forte come mais e melhor, etc. etc.

    Lembrei do livro estatístico do Dee Brown: Enterrem Meu Coração na Curva do Rio. E numa frase de efeito q um capitão do exército usa para justificar a ordem de matar todos os índios de uma aldeia, inclusive os bebes, porque, afinal, “piolhos se matam desde os ovos”… Lembrei do filme Gandhi outra vez, qd numa cena, em atitude semelhante, outro capitão levado a julgamento ficou sem fala ao ser questionado pq atirou em crianças indefesas…

    Como eu disse lá no comecinho da minha fala, me passaram coisas muito sérias pela cabeça ao ver Avatar. Pois é, índio pataxó queimado em Brasília, presidiários assassinados em São Paulo e mulheres insultadas apenas por usar uma saia curta demais, no Rio por mostrarem o seio, e espancadas por sairem cedo demais em direção ao trabalho, menores sendo assassinados… por que alguns acreditam que precisam matar os outros para viver?

    Tudo é muito real e nada romântico, está acontecendo agora em Avatar e em nossa sociedade…

    Bom partilhar com vcs certas semelhanças, certas humanidades e assombramentos. Bom ler e escrever sob certas ressonâncias. Me desculpem se passou algum erro ou se em algum momento do meu longo comentário me tornei redundante, desta vez não vou fazer revisão do que escrevi…

    Final das contas, fiquei mesmo surpresa por ter gostado de Avatar sem nenhuma restrição, pq a outra superprodução famosa desse mesmo diretor -Titanic – eu odiei e tenho tremendas restrições…

    Avatar, acho, terá continuação… a saga deve continuar.

    Do meu lado eu termino com a sensação de que há mais coisas a serem ditas desse filme, mas como já disse muio, vamos ficar nisso por enquanto. =)

  13. adi said

    Oi Sem,

    Pois é, o filme causa mesmo um impacto em nossa psiquê, dá como um chacoalhão e te diz: “acorda”.

    Têm sim um forte apelo ecológico e chama a atenção para a mensagem de que o Planeta é todo um grande organismo vivo, onde estamos inseridos, e claro, se esgotarmos os recursos do planeta estamos automaticamente assinando nossa sentença de morte.
    Eu entendo também que o Planeta Terra tem seus mecanismos de defesa, e reage de forma implacável a essa teimosia do homem em achar que pode domá-lo e lhe tirar o que pode… e o que vemos está aí nos noticiários: muitas enchentes, desabamentos de terra, nevascas, tsunamis, tufões, furacões, vulcões, terremotos… é como a natureza é, e a vida vai continuar independente do homem estar aqui ou não, pois se o homem fosse extinguido, em menos de cem anos, praticamente nosso civilização já estaria apagada de sua existência… portanto acho que cabe ao homem encontrar o “equilíbrio”para continuar sua existência em harmonia com a vida, vida toda abrangente, em nós e em tudo…

    E como você disse, esta é a época da mudança de paradigma, pra uma visão além do próprio umbigo, além do próprio homem, ir para uma visão “holística”. Mas isso demanda tempo atingir o coletivo, onde vemos uma sociedade muito mesclada, alguns mais conscienciosos, outros do tipo que jogam lixo na rua, da janela do próprio carro muitas vezes; é depredação de tudo que é jeito, porque não adianta querer mudar o coletivo, enquanto o “sistema” está bem dentro da gente.

    Eis o ponto delicado, muito delicado; pois o “Messias” só virá depois da jornada do herói.

    E falo no sentido metafórico mesmo, no sentido de que a mentalidade ou visão “holista” vai se fazendo presente na medida da realização pessoal de cada homem…

    Essa é uma questão muito importante, e que nos esquecemos: As mudanças começam de dentro pra fora… porque ninguém alcança ou transpõe uma visão individualista para uma mais abragente sem fazer a lição de casa (rsrsrs), e é em cada um + cada um, onde se dá o coletivo, portanto, o trabalho só pode começar no indivíduo…

    Gostei muito do filme Crash, e me lembro de outro que trata do mesmo assunto, Babel.

    Aliás ontem fui assistir “Contatos de 4o. Grau”, o que me trouxe vários questionamentos sobre o que pode ser psiquismo ou não, o que é da nossa própria mente ou não?? Mas não vou escrever sobre isso, antes tenho que terminar o post sobre “Carma” que já comecei, onde antes de trazer alguma conclusão, só tenho muitas questões em aberto…

    “Avatar, acho, terá continuação… a saga deve continuar.”

    Eu também acho que terá continuação, tudo indica que os humanos virão com mais máquinas e armamentos pesados, com o propósito de dizimar Pandora…

    “Do meu lado eu termino com a sensação de que há mais coisas a serem ditas desse filme, mas como já disse muio, vamos ficar nisso por enquanto. =)”

    Do meu lado, quando escrevi o post, fiquei com essa sensação também: há tanto a ser dito…. ficaria horas conversando sobre ele…

  14. KHLÉBNIKOV said

    UM POEMINHA DE VIELIMIR KHLÉBNIKOV EM 3D.

    O ÚNICO LIVRO

    Vi que os negros Vedas,
    o Evangelho e o Alcorão
    mais os livros dos mongóis
    em suas tábuas de seda
    — como as mulheres calmucas todas as manhãs —
    ergueram juntos uma pira
    de poeira da estepe
    e odoroso estrume seco
    e sobre ela pousaram.
    Viúvas brancas veladas numa nuvem de fumo,
    apressavam o advento
    do livro único,
    cujas páginas maiores que o mar
    tremem como asas de borboletas safira,
    e há um marcador de seda
    no ponto onde o leitor parou os olhos.
    Os grandes rios com sua torrente azul:
    — o Volga, onde à noite celebram Rázin;
    — o Nilo amarelo, onde imprecam ao Sol;
    — o Yang-tze kiang, onde há um denso lodo humano;
    — e tu, Mississípi, onde os ianques
    trajam calças de céu estrelado,
    enrolando as pernas nas estrelas;
    — e o Ganges, onde a gente escura são árvores de ciência;
    — e o Danúbio, onde em branco homens brancos
    de camisa branca pairam sobre a água;
    — e o Zambeze, onde a gente é mais negra que uma bota;
    — e o fogoso Obi, onde espancam o deus
    e o voltam de olhos para a parede
    quando comem iguarias gordurosas;
    — e o Tâmisa, no seu tédio cinza.
    O gênero humano é o leitor do livro.
    Na capa, o timbre do artífice —
    meu nome, em caracteres azuis.
    Porém tu lês levianamente;
    presta mais atenção:
    és por demais aéreo, nada levas a sério.
    Logo estarás lendo com fluência
    — lições de uma lei divina —
    estas cadeias de montanhas, estes mares imensos,
    este livro único,
    em cujas folhas salta a baleia
    quando a águia dobrando a página no canto
    desce sobre as ondas, mamas do mar,
    e repousa no leito do falcão marinho.

  15. adi said

    Olá Khlébnikov,

    Seja bem vindo aqui no Anoitan.

    Bom trazer novidades, não conhecia esse poeta Russo Velimir Khlébnikov, muito interessante.

  16. Sem said

    …nem eu conhecia.

    Rio é uma excelente metáfora para a vida, sempre.
    Mas que pena! o KHLÉBNIKOV esqueceu do Amazonas…

    Para compensar a falta, um pedacinho do grande (em todos os sentidos) poema “O cão sem plumas”, do João Cabral de Melo Neto.
    A respeito do Capibaribe:

    Na paisagem do rio
    difícil é saber
    onde começa o rio;
    onde a lama
    começa do rio;
    onde a terra
    começa da lama;
    onde o homem,
    onde a pele
    começa da lama;
    onde começa o homem
    naquele homem.

  17. Ale said

    Gostei muito do post, explica bem o filme para quem não entendeu direito ou para quem achou que certas coisas o autor viajou.
    Tambem achei o filme muito simbólico e mistico, a ponto que realmete saimos do cinema desejando ser como o povo azul do filme, da até inveja de ver como eles são conectados com a natureza e com eles mesmos, se tornando um ser só quando conectados.
    Ao mesmo tempo nos sentimos culpados sendo os humanos despresíveis que insistem em dominar e destruir tudo que é bonito e puro por ganância e riqueza.
    Enfim, acho que é um filme e vale muito a pena assistir porque nos faz refletir sobre nós mesmos, e o que estamos fazendo de bom e ruim para o futuro da humanidade.

  18. adi said

    Ale,

    Seja bem vinda aqui no Anoitan.

    Obrigado por ter gostado do post. Também achei dessa forma, o filme nos traz muitas reflexões como ser-humano e como humanidade também.

  19. […] https://anoitan.wordpress.com/2009/12/30/avatar-o-filme-e-seu-simbolismo/ Posted in Uncategorized | « O escritório do Facebook You can leave a response, or trackback from your own site. […]

  20. Aaah!
    Ler esse post e todos os comentários me deixaram tão animado! Lembrei dos sentimentos que tive quando estava assistindo ao filme! Notei como aquilo era real, profundo e mexia com algo até maior que “só” as minhas emoções! De fato, um mito revivido!

    Acho que está completamente certo isso que vocês falaram de estarmos à beira de uma mudança de paradigma. Pessoas, intelectuais e cientistas mais sensíveis têm constatado isso há algumas décadas, mas só agora isso começa a chegar para outras camadas. E a reinvenção de mitos é uma parte importantíssima desse processo. Avatar é importantíssimo como um mito moderno, junto de Matrix, por exemplo.

    Ao ver o filme, consegui reconhecer alguns símbolos que vocês sabiamente dissecaram aqui no post e nos comentários, mas muita coisa me tocou, e eu não soube explicar, até ler aqui.

    Esse filme é muito mais do que uma fabulosa produção digital, muito mais que uma experiência sensorial e de entretenimento fantástica, é um marco sob diversos aspectos. Eu gostei da sutileza de Cameron ao fazer do filme em si um “paradoxo” perfeitamente coerente. Visualmente, o filme é quase uma ode à tecnologia e aos avanços científicos e digitais da nossa sociedade. Em conteúdo, o filme desperta em nós aquilo que nós sequer pudemos controlar, e que as mais diversas culturas antigas conseguiam sentir e interpretar. E é assim que nós devemos nos portar: não esquecer ou ignorar nossas conquistas até agora; mas utilizá-las para um futuro melhor.

  21. adi said

    Oi Eduardo,

    “Notei como aquilo era real, profundo e mexia com algo até maior que “só” as minhas emoções! De fato, um mito revivido!”

    Mexeu comigo também; o filme tem isso de muito bom, pois ele mexe com nossas próprias energias arquetípicas.

    “Acho que está completamente certo isso que vocês falaram de estarmos à beira de uma mudança de paradigma. Pessoas, intelectuais e cientistas mais sensíveis têm constatado isso há algumas décadas, mas só agora isso começa a chegar para outras camadas. E a reinvenção de mitos é uma parte importantíssima desse processo. Avatar é importantíssimo como um mito moderno, junto de Matrix, por exemplo.”

    Nós estamos sim no limiar de um novo tempo, e percebemos a necessidade por um novo símbolo que represente essas mudanças no consciente coletivo. Avatar de certa forma renovou/atualizou o mito… pois só o mito atualizado tem esse poder de mexer com a gente.

  22. Ludmila said

    Olá a todos

    Adi, lendo a sua resenha fiquei novamente emocionada, assim como a Sam chorei quase que o filme todo….esse foi o melhor filme que ja assisti, não pelos efeitos (que são maravilhosos) mas pela essencia do filme…é um chacoalhão em todos nós para acordarmos e respeitarmos o lugar onde estamos atualmente…infelizmente a ignorancia de muitos não permite enxergar a mensagem que o filme tras, e assim como Cameron eu sempre fui da opinião que a natureza sempre vencerá! O filme é perfeito, do ponto de vista biológico fiquei extremamente emocionada e feliz por que não houveram exageros, comum messe tipo de filme, eu também recomendo o filme a todos e que o vão assistir com a mente aberta para assim tentar captar ao menos 1% da mensagem do filme.
    Parabéns pela resenha e foi muito bom enxergar esse lado simbólico que esta por tras do filme.

  23. adi said

    Olá Ludmila,

    Primeiro, seja muito bem vinda aqui no Anoitan; segundo, muito obrigado por ter gostado e pelos elogios. 🙂

    Cameron demorou para realizar esse filme, mas valeu a pena, o filme é “tudo isso e mais um pouco” (rsrsrs)…

    Na primeira vez que assisti, também não contive minhas lágrimas, só segurei (como a Sem), pra não chorar alto e passar vergonha (rsrs), mas é lindo mesmo, tanto que voltei pra assistir em 3D, o que não percebi tanta diferença assim, de fato 3D é um detalhe que acrescenta, mas o filme encanta de qualquer maneira.

  24. Cal said

    Olá,
    Estava pesquisando sobre força ódica e Von Reichenbach e vim parar aqui, aí a curiosidade me fez ler essa resenha sobre Avatar.
    Eu assisti com algumas amigas, mas o filme não tocou tanto elas quanto o fez em mim. Chorei contida e torcendo para q os nativos ganhassem a guerra. Como não consegui gerar um debate após o filme, já que a minha turma tinha achado muito bonito,mas longo; guardei para mim as impressões. Não sabia desse simbolismo todo, mas a mensagem era tão forte e sintonizava tão bem com os meus conceitos que tb achei um dos melhores filmes que já assisti.
    Eu sou acupunturista e a interação do que está a nossa volta para aquilo que está interno é importantíssima, não tem separação, a mente e o corpo tb não se separam para terapêutica. O filme faz tanto sentido nesse campo da interação entre as partes (lugar-sociedade-individualidade)que foi bom ler comentários parecidos com a minha percepção do filme.
    Abraços

  25. adi said

    Olá Cal,

    Seja também muito bem vinda aqui, a casa é sua e de todos. 🙂

    ” Eu assisti com algumas amigas, mas o filme não tocou tanto elas quanto o fez em mim. Chorei contida e torcendo para q os nativos ganhassem a guerra. ”

    É aquela coisa de ressonância mesmo, e parece tolice dizer, mas só mexe quando temos algo “similar” dentro da gente.

    ” Eu sou acupunturista e a interação do que está a nossa volta para aquilo que está interno é importantíssima, não tem separação, a mente e o corpo tb não se separam para terapêutica. O filme faz tanto sentido nesse campo da interação entre as partes (lugar-sociedade-individualidade)que foi bom ler comentários parecidos com a minha percepção do filme.”

    É fantástico como o filme trás essa interação exterior/interior à superfície da consciência da maioria das pessoas; e isso é sempre muito bom. Interação que antes só eram percebidas por pessoas mais sensíveis, com visão mais holista, assim como você que mexe com essas energias na sua prática. Mas que de certa forma, por causa do filme, têm muito mais alcance e muito mais pessoas podem compartilhar desse conhecimento.

    Abraços
    adi

  26. vanda said

    O melhor comentário de Avatar que já li até agora. Parabéns por ter aprofundado o significado desse filme sem precendentes. Amei Avatar. Até fiz um breve comentário. “Fui assistir ao filme “Avatar” de James Cameron. Fiquei impressionada não apenas com a computação gráfica perfeita, dando movimentos humanos a seres virtuais jamais conseguidos até então. Mas o que mais me impressionou foi a mensagem. Cameron consegue passar uma mensagem de conscientização ecológica e de paz a nós simples e ignorantes terráqueos, porém essa mensagem passa por uma crítica bem direcionada a guerra promovida pelos EUA ao Afeganistão. Onde Americanos invadem uma cultura totalmente diferente querendo dominá-la a qualquer custo. Tudo isso em busca de interesses próprios. Há falhas no filme? Sim. Como por exemplo, pegar fogo numa atmosfera onde não há oxigênio. Porém, esses detalhes se tornam insignificantes diante da grandeza da mensagem contida no filme. Ah, e o mais importante: a sensibilidade com que Cameron desenvolve o drama. Confesso que me emocionei a ponto de deixar cair uma lágrima no final.

    Vanda.

  27. vanda said

    Parabéns por essa análise aprofundada do filme.

    Fui assistir ao filme “Avatar” de James Cameron. Fiquei impressionada não apenas com a computação gráfica perfeita, dando movimentos humanos a seres virtuais jamais conseguidos até então. Mas o que mais me impressionou foi a mensagem. Cameron consegue passar uma mensagem de conscientização ecológica e de paz a nós simples e ignorantes terráqueos, porém essa mensagem passa por uma crítica bem direcionada a guerra promovida pelos EUA ao Afeganistão. Onde Americanos invadem uma cultura totalmente diferente querendo dominá-la a qualquer custo. Tudo isso em busca de interesses próprios. Há falhas no filme? Sim. Como por exemplo, pegar fogo numa atmosfera onde não há oxigênio. Porém, esses detalhes se tornam insignificantes diante da grandeza da mensagem contida no filme. Ah, e o mais importante: a sensibilidade com que Cameron desenvolve o drama. Confesso que me emocionei a ponto de deixar cair uma lágrima no final.

  28. Filipe Wels said

    Vi o filme ontem. Aparentemente a história é meio banal, uma mistura de Pocahontas com Ó Último Samurai junto com uns toques de Star Wars e Senhor dos Anéis. Mas se olhar mais ao fundo, o filme é arquetípico.

    O racionalismo fez que o fim das “supersticoes” fizesse o homem perder a identificação com a natureza, e deu no que deu. Essa mensagem do filme é uma punhalada sutil no inconsciente do homem racional.

  29. don guakito said

    como esse filme é espetáculo visual, e como tarkovski ensina q cinema é antes de tudo puta, te seduz pelos olhos! 😀 pra enfrentar a sedução cega da puta cinemática eu vi o filme em qualidade tosca na net primeiro, depois em 2D e então em 3D hj a tarde.
    o 3D num foi aquela maravilha e não creio q acrescente muito para o principio do que é o cinema além de espetáculo, uma janela pra reflexão.

    pessoalmente me irritou o esquema de plugar nos bichos pra criar conexão, meio violento e anti-natural, já q os bichos se incomodam quando o azulão pluga neles. mas é chatice hiper-pessoal isso! 😀 mas creio q se não fosse via uma tomada as pessoas iriam torcer o nariz pro conceito, já q como o filipe coloca, perdemos esse tchururu com a natureza, eu to recuperando dia a dia e a mil! 😀 😀 é como no filme do homem-aranha q o james cameron ia dirigir, ele q criou o conceito de lançador de teia organico, pra ser mais crível pelo povão não viciado no gibi, tando q a idéia ficou nos filmes do sam raimi, q pra mim são uma bosta, a começar pela mary jane escolhida! 😀

    de resto a história é banal como o filipi diz, mas cinema nunca foi e nunca será primeiramente a arte de contar boas histórias apenas, é antes uma sinfonia visual, e o bagulho pega no jogo visual, forte do cameron e naquela cadência lenta q ele dá na edição. As cores, os animais, dragão, etc, tudo como a adi diz, bem feito dentro do projeto de roteiro seguindo o “mito do herói”. Essa coisa de pular a consciência de um corpo pra outro é um tapa na cara dos q se fecham em si. Como cresci ouvindo yes e tentando imitar as capas com tinta acrílica delirei com as montanhas voadoras. 😀 Quando o smurfcat sobe no dragãozão fudeu. ali chorei. dragãos e voar é meu fraco! 😀 😀 Achei a luta final telegrafada e óbvia, tirando qualquer suspense. Mas depois a azulona com o aleijado em corpo humano juntos no finalzinho recupera o filme pra mim. com direito a mais choro, e isso nos mesmos pontos do filme, nas 3x q vi! 😀 e não sou do tipo q esconde choro e gargalhada em filme, devo ter incomodado meio mundo! 😀 😀 Lembro quando fui assistir quem vai ficar com mary com minha companheira, ela foi se sentar bem longe de mim por vergonha das gargalhadas q dava! 😀 por isso q gosto de ir ao templo cinemático sozinhos, as pessoas não me oprimem! 😀

    a sonoluminescencia das plantas e o papo de espirais estranhas dentro da grande arvore me agradaram por motivos óbvios! 😀

    agora o divertido é passar algumas horas em foruns de conspiradores dizendo q o james cameron é maçom du mal e q o filme prega transhumanismo sataninsta e devoção a raça reptilóide q escolhe os humanos com quem se reproduzir! além de dizer q há uma reversão dialética do “bem” com o “mal”! devido ao uso de internet vou pro inferno antes de ir pro céu! 😀 😀 james cameron fez espetáculo, arte e ainda me deu um brinquedo pra mindfuckear o povo q tem medo de satã na internet gringa! tipo e o cameron ajuda, já começando com o nome da deusa! safadinho genial. 😀 😀

    agora, Adi, pensando no mito do herói e talz, o q vc acha do jake ter criado o problema, sendo espião cuzão no início antes de entrar na vibe da smurfcat (tomara q no disco coloquem a cena do sexo dos dois! 😀 quero ver os peitinhos azuis! que cor seriam os mamilos em peitinhos azuis? 😀 :D), ter trazido sofrimento e então ter virado a solução e de quebra ter dado um foda-se a sua própria espécie? achei esse ponto interessante, e um dos mais fortes tapas na cara do publico, pois ficou sutil no meio daquele showreel com o mundo de pandora.

    o filme é uma agressão ao american way of death mas montado pra agradar o publico mané ocidental. genial. quase uma mindfuck:operation.

    e, adi, o cameron é vi várias entrevistas do cameron onde ele diz q não se inspirou só nos indigenas americanos mas tb em tribos africanas pra compor o comportamento e visual dos smurfcats. e aquele treco da mão no peito é igualzinho nos povos da savana, tipo os koi-san e etc, oq me agradou tb. o cara é foda.

    mas ainda sim, true lies é o melhor filme do james cameron pra mim ainda.

  30. Filipe Wels said

    Claro, Cameron é maçom. A cena de sexo dos dois é puro hieros gamos. E o que Jake faz quando assume seu avatar é, na realidade, imaginacao ativa.

    A Árvore Sagrada é a uma representação da Árvore da Vida cabalística.

    ( ah, agora minha imaginacao nao esta tao boa assim, hehehehe. hoje tentei achar simbolismo oculto num distintivo de um time de futebol americano! esse é o problema de estudar essas coisas….)

  31. don guakito said

    sei lá se ele é maçom ou não. deve ser, vive de preto! 😀 😀 😀 enfim, vc num sabia oq os conspiradores sabem? nem só é maçom como foi iniciado em phoenix com direito a luzes de objetos voadores não identificados formando uma V nos céus! e depois ele virou um terrível grão mestre 33 representante de satã 666 no dia em q ganhou o oscar!! e se definiu como o “REI DO MUNDO”!! sim! ele J.C. James Cameron está aqui para destruir o outro J.C.!! sim!! ele produziu um documentário que prova q jesus comeu madalena e morreu em carne e deixou o osso! 😀 e o filme é um ato de controle de mente!!!! ele até tem o mesmo sobrenome do vovo q fazia experimentos MK-ULTRA pra CIA no canada (o do processo real duma velhinha chamada lessie (sério!) q sofreu experimentos doidos na mão do dr.cameron).

    ah! e o filme deu depressão em um monte de gente (essa parte é sério! :D), pois é ação de mk-ultra para programar as massas para aceitar uma religião global que guiará para a nova ordem mundial dos illuminati satanistas que seguindo a ordem da familia huxley empedirão os humanos de se reproduzirem por si só. MAs veja só, todos q pensam isso acham q cultuar a natureza, religar-se com a natureza é um ato satânico! coisa de wicca!

    tá precisando se informar com a realidade, sair da matrix, filipi! 😀 😀

    falando sério, o povo religioso fervoroso neurótico e o povo das teorias de conspiração apregoam variáveis disso. mas o tema principal gira sempre em torno desse principio.

    prato cheio pra disinfo e mindfucks.

    e tem mais, a digital domain que era dele, essa é melhor!, ele “perdeu” pro michael bay, q é um avatar reptilóide que usa seus filmes pra atacar o cristianismo (sério, no site do david icke tem um forum disso). E mais, James cameron ainda perdeu a digital domain pq ele resolveu pular fora da ordem secreta satanica de q participava, quando resolveu colocar em uma cena do T2 um expose do MK-Ultra do Dr.Cameron no canada!!! dai podaram ele. Mas ele aprendeu que é menor que a organização (isso eu q conclui! :D) e se rendeu novamente, dai houve a expansão com apoio dele da WETA na nova zelandia, tem toda uma mitologia sobre OZ (austrália) que seria o local onde o novo império se estabeleceria, se estabelecerá, e que é por isso q hollywood (veja bem o nome!! MADEIRA SAGRADA!!! é A VARINHA DE UM BRUXO, e bruxos não são cristãos, são satanicos) está a migrar pra OZ (ouro!) AU (ouro!) austrália!

    tem toda uma hierarquia alienígena, todo um jogo de guerras entre familias sagradas (q sempre governaram os EUA), todos impedindo, pros religiosos, a volta de jesus, e pros não cristãos, todos impedindo o homem de ver deus como é.

    se quer algo pra criticar o extremo em q pensamento religioso e simbólico pode chegar checa o site do david icke, melhor q ficção e ainda inspiração pra ficções no papel ou web! 😀

    saca a analise do alex jones:

    ou o vídeo dos que sentem saudade de pandora (mk-ultra):

    é de se entender pq o RAW curtia colecionar teorias de conspiração. eu acredito em todas e nenhuma ao mesmo tempo. afinal é tudo ilusão! 😀

    e agora o real, maçom ou não, grandes artistas superam instituições, e fodão (aliens e true lies são fodões) james cameron em entrevista filmada com a EOS 5D mark II, mas prefiro a minha canon 7D, onde além do cameron, sua ex-esposa (tem 58 anos o mulherão) e tarantino falando q com o digital vai parar de filmar e escrever romances e sobre cinema (duvido!):

    (é em tres partes. pra quem curte cinema pode ser divertido)

  32. adi said

    Olá Vanda,

    Seja bem vinda.

    “Parabéns por essa análise aprofundada do filme.”

    Ah!! obrigado por ter gostado. 🙂

    “…porém essa mensagem passa por uma crítica bem direcionada a guerra promovida pelos EUA ao Afeganistão. Onde Americanos invadem uma cultura totalmente diferente querendo dominá-la a qualquer custo.”

    Concordo com você, e ainda acho que não só quanto aos EUA, mas a todo e qualquer política ou sistema que degrada seus próprios recursos em favorecimento de grandes corporações que visam somente lucro a qualquer preço. Aqui no Brasil entristece ver o governo fazer vistas grossas ao desmatamento na Amazônia, pra plantar soja ou criar gado.

    “Há falhas no filme? Sim. Como por exemplo, pegar fogo numa atmosfera onde não há oxigênio.”

    Pelo que eu entendi no filme, não é que não há oxigênio na atmosfera de Pandora, há oxigênio, mas junto com oxigênio há também gases altamente tóxicos para o organismo humano, por isso eles usam aquela máscara pra filtra o ar, na máscara não há tubo de oxigênio acoplado, há somente o filtro.

  33. adi said

    Filipe,

    “O racionalismo fez que o fim das “supersticoes” fizesse o homem perder a identificação com a natureza, e deu no que deu. Essa mensagem do filme é uma punhalada sutil no inconsciente do homem racional.”

    Encontrar o meio termo entre as “superstições” e o racional, eis a questão, muito difícil por sinal…

  34. adi said

    Salve Don Guakito,

    “o 3D num foi aquela maravilha e não creio q acrescente muito para o principio do que é o cinema além de espetáculo, uma janela pra reflexão.”

    Eu também achei isso, porque primeiro assisti em 2D, e gostei muito do filme… mas como sou curiosa, e todo mundo falando que só valia a pena se fosse em 3D, lá fui eu ver a diferença… e não achei assim tão diferente não, têm alguns efeitos bacanas, algumas vezes parece que podemos pegar as folhas, e talvez nesse sentido, traga mais envolvimento, dando a impressão que se está dentro do filme… mas são poucos efeitos desse tipo, o resto é igual a 2D.

    ” pessoalmente me irritou o esquema de plugar nos bichos pra criar conexão, meio violento e anti-natural, já q os bichos se incomodam quando o azulão pluga neles. mas é chatice hiper-pessoal isso!”

    É, acho que foi a forma bem explícita de trazer esse tema “conexão” pro imaginário das pessoas, talvez se fosse da forma “sutil”, a turma não ia se ligar tanto.

    “de resto a história é banal como o filipi diz, mas cinema nunca foi e nunca será primeiramente a arte de contar boas histórias apenas…”

    Não é uma história nova mesmo, muito pelo contrário, bem batida até, mas o que admirei é a forma nova que ele contou a mesma história, tipo “remoçando” o velho, sendo assim, nos emocionando, atingindo de alguma forma algo dentro da gente em alguns momentos no filme.

    “agora, Adi, pensando no mito do herói e talz, o q vc acha do jake ter criado o problema, sendo espião cuzão no início antes de entrar na vibe da smurfcat (tomara q no disco coloquem a cena do sexo dos dois! quero ver os peitinhos azuis! que cor seriam os mamilos em peitinhos azuis? ), ter trazido sofrimento e então ter virado a solução e de quebra ter dado um foda-se a sua própria espécie? achei esse ponto interessante, e um dos mais fortes tapas na cara do publico, pois ficou sutil no meio daquele showreel com o mundo de pandora.”

    Olha, primeiro trazendo o mito pro pessoal, e comparando com a busca/jornada de cada um; eu acho que no começo de nosso despertar, quando começa a perceber que há também uma outra realidade dentro de nós, cria-se uma dicotomia diabólica (rsrs), fica muito em evidência essa dualidade dos pares de opostos de certo e errado bem dentro da gente, e é uma briga interna, um conflito pessoal doloroso, e uma fase de muito sofrimento, porque é quando o indivíduo começa a ver a sipróprio como de fato é, com seus defeitos e tudo mais, a princípio todos tem a mania de lutar contra isso, de não aceitar e rejeitar essa parte ainda mais, tornando ainda maior a evidência ou conflito, como passar vai surgindo a autoaceitação, e essa aceitação é como a forma de virar a solução do problema ou do conflito, e de quebra é onde se vira de lado na percepção; entendo mais ou menos dessa forma. Agora nos mitos como coletivo, é sempre a entrada num mundo desconhecido pra “dominar” e roubar tesouro, e então a história continua igual a todas do mito.

    “o filme é uma agressão ao american way of death mas montado pra agradar o publico mané ocidental. genial. quase uma mindfuck:operation.”

    é verdade, e a critica vai além dentro da gente, porque muito do american way está bem infiltrado na nossa maneira de agir; o filme faz pensar sobre isso sem dúvida.

    “e, adi, o cameron é vi várias entrevistas do cameron onde ele diz q não se inspirou só nos indigenas americanos mas tb em tribos africanas pra compor o comportamento e visual dos smurfcats. e aquele treco da mão no peito é igualzinho nos povos da savana, tipo os koi-san e etc, oq me agradou tb. o cara é foda.”

    Oh, povo bonito hein!! Os bosquimanos koisan tem o olhinho puxado como os orientais, têm os traços bem bacanas, os adornos parecem também. Agora os adornos da cabeça e os colares lembram bastante os africanos da tribo Himba da Namibia. Ficou bacana mesmo.

    Também gostei muito de True Lies, principalmente porque têm um aspecto comédia junto com a ação.

  35. adi said

    Don Guakito,

    “ah! e o filme deu depressão em um monte de gente (essa parte é sério! ), pois é ação de mk-ultra para programar as massas para aceitar uma religião global que guiará para a nova ordem mundial dos illuminati satanistas que seguindo a ordem da familia huxley empedirão os humanos de se reproduzirem por si só. MAs veja só, todos q pensam isso acham q cultuar a natureza, religar-se com a natureza é um ato satânico! coisa de wicca!”

    O “sistema” estremece na possibilidade de mudanças, de diminuir seu poder, e já começa a manifestar oposição, e fica mais fácil acusar tudo de bruxaria e satanismo… 🙂

    Quanto ao Alex Jones, interessante ele achar o filme como propaganda da nova religião Gaia, se eu entendi direito, me parece que ele distorceu totalmente a mensagem do filme. E começa a indústria do medo contra uma nova idéia que se torna forte o suficiente pra trazer mudanças concretas.
    Na verdade é que todos querem um mundo melhor, sem poluição, sem guerras, sem fome e sem miséria, mas ninguém, ninguém está disposto a mudar seu meio de vida, a parar de consumir, a ter uma vida mais simples, parar de brigar com quem incomoda, parar de se incomodar com os outros, etc, etc, etc… 😉

  36. timotio pinto said

    o diferente é sempre acusado, acuado, ou classificado ou ridicularizado. é normal, adi. é parte do jogo de tensão e resistência que permite o movimento e o arrebatamento e transcedencia (união) daqueles que estão aptos, prontos, ou desejosos. Tudo natural. Sem ansiedade.

    Já o Alex Jones ele fez oq todos fizeram e fazem com todo e qualquer filme. Ele projetou a si na iconografia do filme.

    No final, creio mesmo que cinema seja como diz o Stanley Kubrick, uma sinfonia de imagens, e que artistas, ao menos nessa mídia, agem mesmo como dizia Kubrick, não racionalmente, não meticulosamente estudando os símbolos a serem utilizados e seus significados racionais, mas que artistas agem seguindo não idéias e conceitos, mas sim seguindo sentimentos arrebatadores que os empurram para algum tipo de ação/criação. Arte enquanto xamanismo domesticado, para pessoas, também, domesticadas.

    Dai qualquer interpretação ser real e se encaixar em qualquer filme. Claro que sempre vamos nos deixar seduzir pelos filmes com melhor caracteristicas musicais, isto, é, tema, melodia, ritmo, harmonia, etc, tudo isso que torna, via a pontuação, um filme filme e o abre para investigação de nós via essa arte de projeção.

    Como dizia kubrick tb, cinema é a fotografia da fotografia da realidade, como como dizia o grande bergman, cinema de ficção é equivalente ao sonho, não a realidade. (dai bergman tb dizer que o tarkovski era o maior de todos, pois era o rei da poesia visual e do cinema onírico).

    E discordo só de que todos querem um mundo melhor, acho que todos querem conforto, e que o conforto custe o que custar ao mundo de todos. Ou então não estariamos na crise q estamos. 🙂

  37. adi said

    Olá Timotio,

    “o diferente é sempre acusado, acuado, ou classificado ou ridicularizado. é normal, adi. é parte do jogo de tensão e resistência que permite o movimento e o arrebatamento e transcedencia (união) daqueles que estão aptos, prontos, ou desejosos. Tudo natural. Sem ansiedade.”

    É verdade, o diferente é fora da realidade e taxado como “louco”, fugiu do padrão da normalidade (rsrs) e de certa forma se torna uma ameaça…

    “Já o Alex Jones ele fez oq todos fizeram e fazem com todo e qualquer filme. Ele projetou a si na iconografia do filme.”

    Imagem é sempre projeção, é muito interessante, que a imagem captada e processada por nossas percepções, acabam se delineando a nós mesmos, ao quadro mental interior… complicado perceber isso. A cegueira é geral 🙂

  38. Laércio said

    Tive um professor que dizia que o mundo esta cheio de cientistas de “causa achada”. Vou usar uma frase do filme Ratatouille como mensagem para os “gênios” da crítica, que atacam criações e criadores.
    “De certa forma o trabalho de um crítico é fácil, nos arriscamos pouco e temos o prazer em avaliar com superioridade os que nos submetem seu trabalha e reputação. Ganhamos fama com críticas negativaa, que são divertidas de escrever e ler, mas a dura realidade que nós críticos devemos encarar, é que no quadro geral a mais simples porcaria talvez seja mais sgnificativa do que a nossa crítica.”
    Não é que devemos concordar com tudo, mas acho que deveríamos ter uma visão mais positiva do trabalho dos outros, deveríamos ser menos carrancudos.

  39. timotio pinto said

    Não é que devemos concordar com tudo, mas acho que deveríamos ter uma visão mais positiva do trabalho dos outros, deveríamos ser menos carrancudos.
    ———-

    laércio, buda nos avisou do trauma do nascimento! 😀 Acho q os criticos têm problemas, não! os criticos e os céticos tem problemas extras ali! 😀

    quão grande é a noção de “descida ao inferno” pra maquininhas de carne expelidas por vaginas sorridentes? 😀

    só a explicação da “especialista” q discordo. Veja só, o nervo vagus dá orgasmos em tetraplégicas até, como os médicos descobriram recentemente. sempre ele, aquele que vagueia. 😀

    por isso quando eu tinha 18 anos e fui critico dum jornal de jundiai eu escrevia sempre bem dos filmes, nunca falei mal, seguindo a dica do w.wenders de só escrever sobre os filmes que eu gostasse. no meu caso, eu era mutcho fã de godard e cia, pra escrever bem de filmes comerciais eu não os assistia e inventava qualidades pro diretor do filme enquanto explicava a trama básica! 😀 Funcionou por quase um ano! 😀 😀 dai pararam de me pagar e comecei a falar mal dos filmes.

    saca o critico pablo vilaça? ele mete o pau no michael bay. eu curto michael bay. ele só projeta sua visão de burguês crente em familia nuclear nos filmes do bay. qual o problema dum negão fazendo piada necrófila com defunta fresca? 😀 😀 Por exemplo, bay usa, na edição, a mesma técnica do cineasta que é o herói do peter greenaway. E ai? ele enquadra e ilumina como se fosse uma diretora de filmes nazistas, com perfeição. Ele só tem dois defeitos, não saber dar o ritmo certo em cenas de “amor”, ou mesmo ternura e esquece de revisar roteiros! 😀 em transformers 2 a falta de coerencia quase derruba o show. mas tenho 5 anos e adoro robos que falam e destroem coisas. E michael bay me trata bem! 😀 De resto ele faz o q é pago pra fazer, filme-gibi pra adultos de 14 anos e adolescentes de 5 anos. Critica de filme é porre. mas viajar na maionese sobre os filmes, qual no metaphilm, é rock ‘n roll. 🙂

    godard e sua opinião sobre critica:

  40. Sem said

    Õ Laércio,

    eu acho que é muito mais fácil destruir do que construir, é muito mais fácil criticar do que criar…
    Demora um tempão construir. Como a árvore do povo Na-vi, levou séculos para ficar daquele tamanho, mas bastou alguns minutos de intenso bombardeio para vir abaixo pelas mãos dos homens…
    E nem é que demora a criação, pode demorar uma vida ou ser instantânea, mas ela requer certas qualidades que são custosas de se desenvolver, que o crítico obviamente não desenvolveu, pois se tivesse seria artista e não crítico.

    Mas a vida é feita de tudo um pouco e existe espaço para os críticos na criação – se vc souber qual é, me diga…

    Seja como for não devemos levar a vida muito a sério… [piadinha infame: ninguém vai sair vivo dela mesmo]…

    Aliás, piada:

    Existe a Wikipédia, que eu acho um dos projetos mais bacanas na internet, em muitos aspectos, por ser uma construção conjunta principalmente, mas tb por princípio ser livre e não comercial. No entanto eu quase morri de rir com alguns artigos de uma tal de Desciclopédia uma vez… Só que o que é a Desciclopédia? apenas uma cópia do avesso da Wikipédia. Todo o trabalho está na Wiki, o suor do conhecimento todo foi vertdo ali (mas construído muitas vezes com cópias, pq, enfim, nada é puramente original). Já na Desciplopédia, o autor só teve o trabalho de inverter com verve (ah, é preciso verve e isso é criativo! – como vê nada é puro) todo o conteúdo da Wiki… Simples e fácil.

    “causa achada” eu gostei… custoso foi esse “achar”, fazer perder o “achado” qq um pode, só querer.

  41. adi said

    Falando sobre o nervo vago, vendo esse diagrama do que compreende o nervo vago:

    Me lembrei desse outro diagrama sobre Alquimia interior Taoísta – Mantak Chia

  42. Iara said

    Bacana as formas de V,
    Todos acrescentam o TODO do filme.
    Continuem!!!

  43. adi said

    Iara,

    Bem vinda aqui no Anoitan.

    “Todos acrescentam o TODO do filme.
    Continuem!!! ”

    Obrigado, e obrigado a todos que estão sempre aqui acrescentando. 😉

  44. Denilson Forato said

    Prezados,

    Assisti ao filme em 3D, mas o mais importante foi a Filosofia do Filme.
    E adorei !!!!!!!!!!!!!

  45. adi said

    Oi Denilson,

    É verdade; eu assisti em 2D e em 3D, como eu falei a diferença torna-se muito mínima diante da grandeza da “filosofia” que o filme passa.

    Adorei também, e está aí com 09 indicações ao Oscar. Provavelmente levará o prêmio por melhor filme.

  46. Allexy said

    Don Guakito

    seus comentários me cansaram no início, achei o linguajar difícil pra eu entender, achei muleque demais, muito “carioca”, “playboy”.

    Enfim, estava cheio de pre-conceito negativo (devido à forma literária que vc usou) quanto ao que você pederia dizer.

    E quão grande não foi minha surpresa ao descobrir que seus coments são de um conteúdo bem agregador, gostei e aproveitei muito.

    Quem sabe, agora, passo a gostar tb desse novo jeito de falar (errr… escrever.

    Parabéns, obrigado a você e a todos, um abraço.

  47. adi said

    Oi Allexy,

    Seja bem vindo aqui no Anoitan.

    “E quão grande não foi minha surpresa ao descobrir que seus coments são de um conteúdo bem agregador, gostei e aproveitei muito.”

    O Guako é assim “surpreendente” mesmo, seus comentários são quebra-cachola, 😀 , no bom sentido.

    “Parabéns, obrigado a você e a todos, um abraço.”

    Não por isso.

    abs.

  48. Alef said

    Acho que o filme ficou bom, principalmente por que percebi muito da simbologia enquanto assintia, mas acho que a parte eXotérica do filme poderia ser melhor.
    A propósito, minha interpretação sobre a simbologia do Arco-e-flecha foi bem diferente.

    Parabéns pela resenha.

  49. adi said

    “Parabéns pela resenha.”

    Valeu Alef. 😉

    adi

  50. Igor Gabriel said

    nossa…
    foi a melhor resenha que achei
    a que melhor detalhou o filme

  51. adi said

    Oi Igor Gabriel,

    ” foi a melhor resenha que achei
    a que melhor detalhou o filme ”

    Muito obrigado, mesmo!

    Valeu. 🙂

    adi

  52. Oliver Matheus said

    Olá Adi
    Gostei muito do texto, muito interessante e repleto de conhecimentos específicos. Você teria algum email para eu poder entrar em contato com você? Tenho algumas dúvidas acerca destes conhecimentos específicos que gostaria de tratar com você.

    Atenciosamente
    Oliver Matheus

  53. Sonia said

    Absolutamente maravilhoso o texto, assim como o filme

  54. KARINA CERCHIARI DA SILVA said

    Queria muito ler uma análise sobre aquele diálogo antes de partir pra guerra que jake pede ajuda ao grande espírito ela diz à ele que a justiça não escolhe lado, ela defende o equilíbrio.

  55. Girlane Lemos Feminino silva said

    avatar onde a tribo navi morava como eles viviam existia mas tribo

  56. Carlos said

    Nossa! Que texto lindo. 18/10/2020

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